Designer da Microsoft teria
afirmado que o atual layout do sistema operacional é apenas um caminho para
algo maior que virá no Windows 9
Não é difícil
encontrar algum usuário do Windows 8 que não tenha se acostumado com
a interface que foi introduzida pelo sistema operacional — a mesma que já foi
chamada de Metro, Modern e Windows 8 UI. Desde o lançamento das primeiras
versões do Windows 8, imprensa e consumidores criticam a ausência do botão
Iniciar e uma série de outras mudanças drásticas que foram realizadas.
Nesta semana, Jacob
Miller — um designer que se descreve como um dos responsáveis pela interface do
Windows 8 — decidiu falar e contar os motivos pelos quais a Microsoft decidiu
mudar tanto o sistema operacional. Isso aconteceu em um comentário postado no Reddit. Para começar, Miller disse que a interface do Windows
8 foi criada para os consumidores de conteúdo, não para criadores.
Como ressalta o CNET, pelo ponto de vista de Miller o Windows 8 foi criado
para pessoas que querem ver o Facebook, visualizar fotos diversas, postar uma
ou outra informação simples nas redes sociais — funções realmente básicas e que
podem ser desempenhadas com certa facilidade no sistema operacional. Por outro
lado, a interface não é simples para quem quer usar multitarefas, virtualização
de máquinas ou programar códigos, por exemplo.
Na conversa, Miller revela que a Microsoft separa os usuários em “Power” e “Casual” users. Os primeiros são aqueles que vão fundo nos recursos e exigem o máximo do sistema operacional, enquanto os segundos são usuários casuais, que precisam de mais facilidade e ficam apenas na superfície de cada recurso.
Forçando recursos
Miller afirma que é preciso
facilitar a vida dos consumidores para que eles não tenham problemas em
utilizar o sistema operacional. Na conversa pelo Reddit, o designer revelou que
adicionar funções complexas pode causar problemas sérios para os consumidores e
cita a tentativa de a Microsoft incluir múltiplas áreas de trabalho no Windows
— o que sempre esbarrou na dificuldade de utilização nos testes com usuários
reais.
Mas além de cortar
recursos, também há aqueles que são “empurrados” para os consumidores, como é o
caso da nova interface. Os Power users ainda podem usar o
sistema antigo, mas precisam passar pelo novo antes — podendo mudar os padrões
disso a partir do Windows 8.1 —, mas os casuais são forçados a usar os novos modelos,
para que se acostumem com o que virá no futuro.
Abrindo caminho para o
Windows 9
Quando perguntado sobre
a impossibilidade de modificar os padrões de boot do Windows 8, Miller disse
que isso só foi mudado no Windows 8.1 para forçar os consumidores a explorarem
a novidade. Se fosse dada a possibilidade de mudar já no começo, todos
voltariam para o que estavam acostumados e a Microsoft ficaria presa ao padrão
por mais alguns anos, não podendo trazer mudanças nas próximas versões.
Ele reconhece que esse
esforço pode ter sido excessivo, revelando que o Windows 8.1 traz mudanças que
podem ser consideradas um “meio-termo” entre o que existia no Windows 7 e o que
foi trazido pelo sucessor. Ele diz: “Agora que os usuários casuais estão
avisados do que temos, podemos começar as modelagens!”. O designer deixa bem
claro que as mudanças são focadas nos usuários casuais.
Quanto aos Power users, Miller diz que também há planos para que a Microsoft apresente melhorias para o desktop que já estávamos acostumados a utilizar, fazendo com que ele fique mais avançado e realmente marque uma diferenciação entre os perfis de utilização. “Nós vamos adicionar coisas que não podíamos fazer no passado”, revela Miller.
O que o CNET conclui é
bem interessante. Se Jacob Miller for mesmo quem ele diz ser, está muito claro
que a Microsoft está utilizando o Windows 9 como “um mal necessário” para que o
Windows 9 seja um sistema operacional de sucesso. Será que o fracasso comercial
do Windows 8 é apenas uma consequência desse planejamento de
Redmond?
Na minha opinião, o artigo possui bastante coerência, levando em consideração o passado dos sistemas operacionais Windows, onde tentaram inovar com o Windows Vista, apresentando muitas novidades, que só foram aperfeiçoadas e se tornaram costume no Windows 7; e, ao meu ver, a mesma coisa com o Windows ME, onde a Microsoft introduziu recursos multimídia (como o Windows Movie Maker e aperfeiçoamento do Windows Media Player) e de produtividade (Restauração do Sistema), usando o defasado MS-DOS como base, podendo concluir que foi mais como um aperitivo para o que foi introduzido no Windows XP (que já era bastante aguardado nessa época); e, com certeza, assim ocorrerá com o provável "Windows 9".
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