12 abril 2014

Provedores Internet: Adiar migração para o IPv.6 vai custar no bolso

A partir de meados de maio, de acordo com o centro de registro de endereços da Internet
para a América Latina e o Caribe, o LACNIC, os endereços IPV4 entram em esgotamento. Para os provedores de acesso à Internet, isto significa que eles precisam fazer a migração e que quanto mais demorarem, mais investimentos terão de fazer.

“O IPv6 é inevitável. Adiar implantação só vai gerar problemas para a sua rede”, afirmou Edwin Santos Cordeiro, analista de projetos sênior do CEPTRO. Br. Ele salientou ainda que a urgência é necessária porque chegará um momento quando o conteúdo passará a ser ofertado somente em IPv6. “Como você vai conseguir manter seu negócio [se não estiver em IPv6]", informou ao participar nesta segunda-feira, 10/04, do evento Desafios e Oportunidades para os Profissionais da Internet, realizado pela Abranet, na capital paulista.

Posição também defendida pelo presidente do NIC.br, Demi Getschko. Dados divulgados por ele apontam que, até 2022, toda a Internet estará migrada para o IPv.6. "IPv6 põe fim ao NAT (Network Adress Translation) que foi uma excrecência colocada na rede para aproveitar ao máximo os endereços IPv.4. Mas não dá mais para prosseguir. A Internet é uma rede fim a fim. E precisa ter a sua 'estrada' limpa", sustentou.

O IPv.6, disse ainda Getschko, foi criado há 15 anos e é um padrão estabilizado há mais de 10 anos."A  migração não aconteceu antes porque o NAT permitiu uma zona de conforto, mas não há mais razão nenhuma para protelar a migração", completou o presidente do NIC. br. Segundo dados do LACNIC, no Brasil, o ritmo de migração está baixo. São poucas as empresas já com IPv.6, entre elas, está a Fundação Parque Tecnológico Itaipu, com 87% da implantação concluída.

O que é o NAT

Na prática, o princípio do NAT - Network Adress Translation - consiste então em utilizar uma ponte estreita de conexão à Internet, possuindo pelo menos um interface rede ligado à rede interna e pelo menos interface rede ligado à Internet (que possui um endereço IP rotável), para conectar o conjunto das máquinas da rede.
O princípio do NAT estático consiste em associar um endereço IP público a um endereço IP privado interno à rede. O switch (ou mais exactamente a ponte estreita) permite então associar a um endereço IP privado (por exemplo 192.168.0.1) um endereço IP público rotável na Internet e fazer a tradução, tanto num sentido como no outro, alterando o endereço no pacote IP.

Já o NAT dinâmico permite partilhar um endereço IP rotável (ou um número reduzido de endereços IP rotáveis) entre várias máquinas em endereçamento privado. Assim, todas as máquinas da rede interna possuem virtualmente, vistas do exterior, o mesmo endereço IP. É a razão pela qual o termo de “máscara IP” (em inglês IP masquerading) é às vezes utilizado para designar o mecanismo de tradução de endereço dinâmico.

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