26 junho 2019

CELULARES EM SÃO PAULO PODEM ENTRAR EM COLAPSO POR FALTA DE ANTENAS, ALERTA SINDITELEBRASIL


Segundo artigo publicado no portal Olhar Digital, em 25/06/2019 o SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móveis Celular e Pessoal) alerta a possibilidade de um colapso na infraestrutura de telecomunicações brasileiras pela falta de antenas, devido a chegada da tecnologia de rede 5G no Brasil.

Carlos Duprat, diretor executivo do SindiTelebrasil alerta sobre a possibilidade de uma pane na cidade de São Paulo e diz: “Se a gente não instalar antenas, não poderemos garantir o aumento da demanda com a chegada do 5G”.

O debate trouxe à tona uma velha discussão, onde de um lado estão as prefeituras municipais com leis que dificultam a instalação de novas estações rádio base. A dificuldade ainda existente no compartilhamento de infraestrutura (direito de passagem), altos custos de posteamento por parte das operadoras de energia, estas detentoras dos postes, etc., e do outro lado as operadoras, que alegam impossibilidade de realizar investimentos para melhoria do sinal e qualidade dos serviços prestados.

Grande parte dos municípios (Câmara de Vereadores) criaram leis, após a OMS (Organização Mundial de Saúde)  divulgar uma série de estudos (pesquisas) e classificar o celular como “possivelmente cancerígeno”, contrariando uma posição anterior que dizia não existir qualquer evidencia de nocividade  criando distanciamentos que dificultam ou até impendem novos investimentos nos municípios.

A argumentação dos especialistas de telecomunicações é a de que estudos realizados em países mais desenvolvidos indicam a tendência da instalação de mais estações rádio bases (aumento de rádio bases) nos deixariam cada vez mais pertos de um ERB (Estação Rádio Base) o que diminuiria a nocividades, pois quanto mais longe eu estiver de um ERB (Estação Rádio Base) mais radiação estarei recebendo, devido ao aparelho receptor estar com o usuário. Assim sendo, o maior problema não está na transmissão, sendo que seguindo normas da ANATEL (Agencia Nacional de Telecomunicações), teríamos a garantia de não radiação, mas com os aparelhos receptores que receberiam toda a potência e quanto mais longe será maior em seu ouvido.

Alguns municípios tais como o de Itapetininga, interior de São Paulo, localizada a aproximadamente 180 km da capital estão revendo suas leis, diminuindo distanciamentos mínimos para instalação de antenas e tentando contornar problemas de investimento em infraestrutura e qualidade dos serviços no município.

Esta é um debate a ser estudado e avaliado com mais cuidado, porque as duas partes possuem suas motivações e razões, mas como está hoje, provavelmente teremos colapsos por fata de infraestrutura.




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