Segundo artigo publicado no
portal Olhar
Digital, em 25/06/2019 o SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas
de Telefonia e de Serviços Móveis Celular e Pessoal) alerta a possibilidade de
um colapso na infraestrutura de telecomunicações brasileiras pela falta de
antenas, devido a chegada da tecnologia de rede 5G no Brasil.
Carlos Duprat, diretor executivo
do SindiTelebrasil alerta sobre a possibilidade de uma pane na cidade de São
Paulo e diz: “Se a gente não instalar
antenas, não poderemos garantir o aumento da demanda com a chegada do 5G”.
O debate trouxe à tona uma velha
discussão, onde de um lado estão as prefeituras municipais com leis que dificultam
a instalação de novas estações rádio base. A dificuldade ainda existente no
compartilhamento de infraestrutura (direito de passagem), altos custos de
posteamento por parte das operadoras de energia, estas detentoras dos postes,
etc., e do outro lado as operadoras, que alegam impossibilidade de realizar
investimentos para melhoria do sinal e qualidade dos serviços prestados.
Grande parte dos municípios (Câmara
de Vereadores) criaram leis, após a OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgar uma série de estudos (pesquisas) e classificar
o celular como “possivelmente
cancerígeno”, contrariando uma posição anterior que dizia não existir
qualquer evidencia de nocividade criando
distanciamentos que dificultam ou até impendem novos investimentos nos municípios.
A argumentação dos especialistas
de telecomunicações é a de que estudos realizados em países mais desenvolvidos
indicam a tendência da instalação de mais estações rádio bases (aumento de rádio
bases) nos deixariam cada vez mais pertos de um ERB (Estação Rádio Base) o que
diminuiria a nocividades, pois quanto mais longe eu estiver de um ERB (Estação
Rádio Base) mais radiação estarei recebendo, devido ao aparelho receptor estar
com o usuário. Assim sendo, o maior problema não está na transmissão, sendo que
seguindo normas da ANATEL (Agencia Nacional de Telecomunicações), teríamos a garantia
de não radiação, mas com os aparelhos receptores que receberiam toda a potência
e quanto mais longe será maior em seu ouvido.
Alguns municípios tais como o de
Itapetininga, interior de São Paulo, localizada a aproximadamente 180 km da
capital estão revendo
suas leis, diminuindo distanciamentos mínimos para instalação de antenas e
tentando contornar problemas de investimento em infraestrutura e qualidade dos
serviços no município.
Esta é um debate a ser estudado
e avaliado com mais cuidado, porque as duas partes possuem suas motivações e
razões, mas como está hoje, provavelmente teremos colapsos por fata de infraestrutura.
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