15 dezembro 2017

Neutralidade da Rede

Hoje decidi abordar um tema que vem sendo muito discutido na imprensa, Neutralidade da rede, por conta da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos ter extinguido esse princípio no país, tema esse muito polêmico e delicado.

Tentei trazer aos leitores uma abordagem neutra, sem tomar partido e explicando as correntes favoráveis e neutralidade e as desfavoráveis, suas vantagens e desvantagens.

No Brasil, um dos últimos atos da presidente Dilma Rousseff, foi regulamentar o Marco Civil da Internet que define os direitos e deveres de empresas e usuários.

De acordo com o Marco Civil, empresas não podem descriminar os dados que trafegam na rede e tem o dever de “tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino”.


O dicionário diz que isonomia é o princípio que todas as pessoas são regidas pelas mesmas regras, da condição de igualdade. Enquanto princípio jurídico, é a igualdade entre todos os cidadãos, independente de classe ou gênero.

Para que o leitor possa entender melhor, vamos exemplificar.

Marco Lonopacki, coordenador de projetos do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio, em entrevista à revista Galileu, diz “uma rede que não garante a neutralidade pode fazer com que o usuário veja ou não um determinado conteúdo”.

Com a queda da neutralidade os provedores de internet, desde que previsto em contrato, poderão descriminar determinados conteúdos (sites, serviços) cobrando um maior valor para o acesso aos mesmos.

Existem duas correntes as favoráveis a neutralidade, que garante a continuidade da internet funcionando da maneira que nós brasileiros estamos acostumados, onde pagamos um valor x mensal pela velocidade de nossa conexão e não nos preocupamos com qual conteúdo que valmos acessar, pois temos acesso total a internet. E a corrente contraria a neutralidade, que argumenta que hoje os usuários mais básicos, aqueles que acessam a internet para pesquisas, e-mails, redes sociais, etc., estão pagando a conta dos que utilizam mais. Pois para que os provedores tenham lucro, eles realizam o rateamento (divisão) do custo da rede com todos os usuários, já  com o fim da neutralidade esses usuários básicos contrariam um plano de internet mais barato dando acesso apenas aos conteúdos que tenham necessidade. Também defendem que no início da internet as regras poderiam ser diferentes, pois não tínhamos serviços essenciais dependendo dela, mas hoje, temos serviços médicos, de emergência, monitoramento de segurança, semáforos, etc., tudo baseado em internet e que deveríamos priorizar para o bem comum de todos.
Espero ter esclarecido as dúvidas quanto ao tema neutralidade da rede e tenha ajudado a você formar sua opinião não demonstrando tendências políticas, de costumes, valores.

Referências

http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2017/12/neutralidade-da-rede-saiba-o-que-e-e-como-isso-influencia-internet.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Instalação Sistema Operacional e Rede Doméstica

  No dia 3/11, a turma 16, curso técnico em informática, sob o direcionamento do docente Leandro Cesari Maschietto, esteve realizando ativid...