Nos dias atuais, um dos temas que mais exige atenção
dos gestores são os conflitos de gerações nas organizações. Este motivado pelas
várias gerações presentes e ativas no mercado de trabalho. O líder precisa
estar atento e trabalhar com as diferenças de características, jeito de pensar,
se expressar, fragilidades e potencialidades, que cada geração possui e ter a
consciência que cada nova geração possui uma forma de aprender e maneira de
trabalhar. Antes as marcas de tempo que definiam as gerações eram de 25 anos,
hoje, surge uma nova geração a cada 10 anos. As gerações são classificadas de Baby
Boomers, que tem como característica a busca pela estabilidade, a X, que tem
como característica o comprometimento e a linearidade, a Y imediatismo e
questionamento e a Z, colaboração e objetivos comuns.
No estudo de Chiuzi, Peixoto e Fusariu (2011), interpretando as gerações sob a
perspectiva da Teoria de Erik Erikson, são definidas as diferenças das gerações
da seguinte maneira: “Há diferenças e
paridades entre tais gerações como: visão de mundo, de autoridade, limites de
comportamentos e valores entre outros que afetam os indivíduos diretamente e indiretamente.
”
Com o aumento da qualidade de vida e mudanças
políticas e econômicas cada vez mais, nota-se o aumento de pessoas com mais de
60 anos no mercado de trabalho, o que faz com que mais gerações disputem, convivam
e trabalhem juntas neste cenário. E, neste sentido é importante que os gestores
estejam atentos para atrair, avaliar, desenvolver, reter e recompensar pessoas
para atingir os melhores resultados com as equipes e assim, alavancar os
resultados organizacionais. O mesmo acontece em outros contextos como nas
escolas, nas famílias, meios sociais entre outros, e, o respeito, a valorização
e reconhecimento das contribuições de cada geração possibilitarão as condições
para uma boa convivência.
Nota-se um esforço muito grande dos líderes, gestores
de pessoas e de conflitos para melhor entender a geração Y. Não por acaso,
segundo estatísticas a geração Y em 10 anos representará 75% do mercado de
trabalho. Contudo, as empresas devem ter atenção com as competências, aptidão
dos seus gestores (relacionamento interpessoal, flexibilidade, resiliência,
foco, comunicação, negociação, tomada de decisão) e investir na qualificação
contínua, prepará-los para trabalhar com modelos mentais diferentes, devido a
histórias e educação divergentes, entender perfis e utilizar fermentas de
gestão de conflitos com assertividade. Acredita-se que a empresa do futuro será
a que consiga conciliar todas as gerações no ambiente de trabalho. A
diversidade traz crescimento e para isso é preciso estar preparado para receber
essa nova demanda no mercado de trabalho.
CHIUZI, Rafael Marcus; PEIXOTO, Bruna
Ribeiro Gonçalves; FUSARIU, Giovanna Lorenzini. Conflito de gerações nas
organizações: um fenômeno social interpretado a partir da teoria de Erik
Erikson. Conflito de gerações nas organizações: um fenômeno social
interpretado a partir da teoria de Erik Erikson, Temas em Psicologia, ano
2011, v. 19, ed. 2, p. 579-590, 2 dez. 2011.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2011000200018.
MARTINS,
Camila. As gerações X, Y e Z no mercado de trabalho.
https://www.catho.com.br, 06 2015. Disponível em:
https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/carreira/as-geracoes-x-y-e-z-no-mercado-de-trabalho/.
Acesso em: 13 ago. 2019.
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