Confira as previsões feitas por especialistas sobre quem são os
"pupilos do futuro" e fique por dentro de algumas das mais
promissoras carreiras para os próximos anos
São vários os estudos que versam sobre as “profissões mais promissoras para os próximos anos”. E em meio a um mercado cada vez mais especializado e multifacetado, é bastante natural se esperar que novos cargos sejam, aos montes, criados. Sobre este assunto, inclusive, o Tecmundo já publicou diversos artigos (leia alguns deles clicando aqui). Mas o que poderá, de fato, nos conduzir de forma sóbria por estes incertos caminhos?
Programadores de DNA, gestores de big
data, coordenadores de redes sociais e fazendeiros automatizados são algumas
das sugestões feitas por grande parte dos analistas de tendências de mercado –
que sempre ousam prever, também, o próximo passo que as novas tecnologias
deverão dar. Podemos, contudo, fazer ao menos uma aposta e acreditar duramente
no seguinte: nem só de uma “formação técnica superespecializada” os empregos do
amanhã vão se valer.
Isto é, parece que o casamento entre
“ciência e arte” deverá ser a grande fonte de inspiração aos aspirantes às
profissões dos próximos, diga-se lá, 10 anos. De acordo com o designer gráfico,
educador e especialista em tecnologia, o norte-americano John Maeda, diz que ao
menos três quesitos deverão ser atendidos por aqueles que desejam conquistar
espaço não apenas no cenário empregatício do futuro; hoje, cada vez mais
empresas se mostram interessadas pelas potencias criativas das pessoas.
Em resumo, Maeda afirma que, ao
olharmos a liderança criativa atualmente, algumas características importantes
mostram-se patentes:
1. É preciso liderar por
meio da inovação – e não a partir do medo ou em função de um superior
hierárquico qualquer;
2. Uma estrutura em rede
(horizontal, podemos assim pensar) deverá ocupar o lugar das clássicas e rígidas
hierarquias; e
3. Experimentação e
interação entre pontos aparentemente contrários deverão conduzir o “problema” a
uma solução específica.
Os pontos levantados por Maeda merecem
mais algumas linhas de atenção. Conforme explica o também palestrante, “líderes
criativos atuam menos de uma forma de cima para baixo, pois a tecnologia
permite que o fluxo de informações entre os canais se dê mais facilmente, de
modo mais orgânico”.
Extrair o óbvio e acrescentar o significativo
E se, na realidade, as profissões já consolidadas no mercado
passassem apenas por um tipo de atualização? Pois como explica Francisco
Saboya, diretor-presidente do Porto Digital, a necessidade por expansão surgiu
de modo espontâneo. “Começamos a sentir a necessidade de expandir o que fizemos
com o setor de Tecnologia da Informação e da Comunicação e acreditamos que a
economia criativa (...) tem forte sinergia com o que já fazemos”.
Significa dizer que os dois lados desta moeda precisam estar devidamente polidos. “De um lado, os criativos têm dificuldade para lidar com a frieza dos números, do outro, a economia tradicional não suporta o que considera amadorismo em gestão. Os dois lados não dialogam e os negócios travam na largada”, comenta ainda Saboya, responsável por gerir o polo Portomídia (estúdio que participou, por exemplo, das finalizações de produções como ”Hotel Transilvânia”, “A Invenção de Hugo Cabret” e “O Discurso do Rei”).
O amanhã já existe
Você certamente já ouvir falar no big data. Esse sistema de
análise de comportamento de consumidores em ambiente online, que leva em conta
os registros de cada usuário feitos em redes sociais ou sites de buscas, tem se
configurado como foco das empresas antenadas em tecnologia. “Agora existe uma
emergência para utilizarmos ferramentas que ajudem as marcas a entender que são
os consumidores e quais são seus interesses”, esclarece Abal Reis, presidente
da Agência Click.
As profissões do futuro
E em quais setores o “tecnólogo criativo” poderá atuar? Confira
algumas das profissões que deverão estar em alta nos próximos anos a seguir:
·
Coordenador de projetos para web
e redes sociais
Se você gosta de navegar por redes sociais e é capaz de notar
determinadas tendências em ambiente online, projetar estratégias de publicidade
ou até mesmo administrar redes sociais de empresas são funções que devem
certamente estar dentre o seu leque de escolhas;
·
Especialista em big data
Estima-se que, em dois dias, a humanidade produz cerca de cinco
exabytes de informação. Mas quem ficaria responsável por catalogar estes dados?
Ao analisar o comportamento dos internautas, projeções podem ser feitas – é aí
que o especialista em big data pode trabalhar;
·
Diretores de criação
Ciência e arte realmente tem formado um belo par aos olhos dos
empresários. Dessa forma, cada vez mais investimentos no setor de inovação das
empresas têm sido feitos;
·
Designers
Sim. Esta profissão já existe. Mas uma atualização de tarefas pode
estar prestes a ser feita. Que tal, assim, ser capaz de processar informações,
condensá-las de forma legível e criar, assim, produtos cada vez mais funcionais
e menos poluídos?; e
·
Lecione em salas de aula virtuais
O crescimento do Ensino à Distância (EAD) tem sido exponencial – e
ter como quadro negro a tela de um computador é um fenômeno com grandes chances
de universalização.
Carreiras em ascensão
Sabemos, também, que alguns dos cargos que serão mencionados a
seguir já são exercidos. Mas é importante fazer nova referência a eles – uma
vez que as tais profissões vislumbram, hoje, um cenário bastante profícuo:
·
Administradores de Comunidades Virtuais
·
Engenheiros de Rede;
·
Gestor de Segurança na Internet;
·
Consultor de Carreiras;
·
Coordenadores de Atividades de Lazer e Entretenimento;
·
Designer e Planejador de Games;
- Gestor de Patrocínios;
- Gestor
de Empresas do Terceiro Setor;
- Especialista
na preservação do Meio Ambiente;
- Engenharia
Genética;
- Gerentes
de Terceirização;
- Gestor
de Relações com o Cliente; e
- Tecnólogo
em Criogenia.
Não que formações técnicas e cursos de
especialização serão, no futuro, o último dos quesitos avaliados pelos
empregadores. Entretanto, parece razoável considerar as observações feitas por
Maeda e conscientizar-se, assim, de que a construção de um currículo impecável
não é (já nos dias de hoje!) o que pretende determinar o sucesso de um ou de
outro trabalhador. A capacidade de gerir atividades de forma eficaz e criativa
é o ponto que mais tem se destacado quando se pensa em “empreendimento e
empreendedores do futuro”.
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